terça-feira, 30 de novembro de 2010

BORBOLETAS (videopoema)

POESIA: UMA FORMA DE ENCANTAR!

Possibilidades de trabalho com poesia nas séries iniciais


A poesia é umas das riquíssimas ferramentas que os pais e professores podem lançar mão para trabalhar com as crianças. O termo “trabalhar” pode dar uma ênfase de seriedade se tratando de leitura com crianças e sabemos que a literatura infantil vai muito além de simplesmente apresentar à criança um texto lido.
Desde o ventre materno a criança já pode começar a ter contato com a literatura, a fantasia e o prazer que as poesias e histórias proporcionam, quanto mais cedo, melhor!
Na sala de aula, o professor muitas vezes se utiliza de leituras para trabalhar gramática, ortografia e esquece ou não se permite aguçar a imaginação e a fantasia das crianças temendo deixar de trabalhar com os “conteúdos necessários” à formação dos pequenos.
Ao ingressar na escola, a criança traz consigo uma expectativa muito grande em relação a tudo o que irá encontrar: colegas, professora e principalmente sobre o que irá aprender. Como é de sua natureza a criação, a brincadeira, os jogos de faz- de- conta o professor precisa ter a sensibilidade de continuar incentivando a imaginação dessa criança para que ela não perca o encantamento pela escola.
 No primeiro ano do ensino fundamental, as crianças chegam à escola, em sua maioria, sem saber ler e é incrível de se ver quando pegam um livro nas mãos para ler, pois ,através das figuras, criam histórias e situações, frutos do imaginário, que vão muito além do que está escrito.
O jogo de palavras e rimas apresentado nas poesias são ainda mais ricos de fantasia e proporcionam conhecimento linguístico à criança e o mais importante de tudo, prazer.
O livro A arca de Noé de Vinicius de Moraes traz muitos poemas legais para as crianças e cabe ao professor dar ainda mais vida a eles no momento de lê-los para os alunos, como por exemplo: o tom de voz utilizado para ler o poema, a caracterização que poderá ser usada ilustrando um personagem da poesia. Isso são possibilidades para enriquecer este momento tão especial de crescimento do imaginário infantil.
 Outra ferramenta interessante é a música contribui positivamente no que se refere ao trabalho com crianças, pois através das melodias e letras podemos tocar profundamente os sentimentos humanos e assim chegar ao íntimo de cada um e buscar o que há de mais verdadeiro nas pessoas.
Música e poesia formam um par perfeito para desenvolver um trabalho fantástico com os pequenos, pois são atividades que vão ao encontro dos anseios e das expectativas infantis proporcionando prazer no momento de aprender e dando asas ao imaginário das crianças que é infinito em fantasia e imaginação.

Postado por Vanderléia e Lucineide

Power Point - Poesia de Criança

Power Point - Poesia de Criança

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

DIVERSIDADE LINGUÍSTICA

ENTENDENDENDO A NOSSA LÍNGUA....
Karen é uma menina de origem italiana que mora com seus pais no interior do município de Nova Palma, RS.
Ela é uma garota bastante recatada e muito estudiosa. No final do ano letivo, a menina foi presenteada pelos pais com uma passagem para ir visitar a tia e  as primas em Porto Alegre.
Karen ficou muito feliz com o presente e esperava ansiosa pela viagem. Chegou o grande dia! A menina, acompanhada pelos pais, foi até a rodoviária e embarcou no ônibus rumo à capital. Chegando lá, foi recebida calorosamente pela tia Eduarda e por Mônica e Carla, suas primas. Karen estava maravilhada com a cidade e com a quantidade de carros e pessoas.
Depois de se reencontrarem e de se dirigirem à casa de sua tia, Karen disse:
_ Vô tomá um banho e descansá! O ônibus me dexo cansada.
Depois de uma soneca e do banho, Karen disse:
_ Tô com muita fome. A minha bariga tá vazia!
Mônica, que estava junto com a menina, achou estranho o modo de falar de Karen, mas não fez nenhum comentário a respeito disso. Apenas falou:
_ Está bom, disse Mônica. Vou pedir para minha mãe preparar um lanche para nós, pois também estou com fome. À noite, quando as duas irmãs foram dormir, Mônica comentou:
_ Carla, tu notaste que Karen fala diferente?
A outra respondeu:
_ Sim, mas conseguimos compreender o que ela diz e isso já está bom.
No outro dia, ao preparar o café da manhã, tia Eduarda pediu que Mônica fosse à padaria buscar pão. Mônica convidou Karen para fazer-lhe companhia. No caminho, as duas conversavam e riam muito. Chegando lá, Mônica dirigiu-se ao padeiro:
_ Por favor, quero dez cacetinhos.
Nesse momento, Karen saiu correndo para fora da padaria, quase foi atropelada pelos carros e Mônica, desesperada, saiu correndo atrás dela. Quase não conseguiu alcançá-la de tanto que a outra corria.
_ Karen, Karen, espere.
_ O que aconteceu? Perguntou Mônica.
_ Tu pediu dez cacetinhos! Eu é que não ia esperá pra apanhá dentro da padaria.
_ O quê?? Apanhar? Dentro da padaria? O que tu estás querendo dizer?
_ Tu não pediu dez cacetinho?
_ Pedi.
_ O padero ia trazê dez porete. Fiquei apavorada, ora, apanhá de que nem conheço. Lá em casa, quando o pai pega um cacetinho ai de mim. Não gosto nem de pensá na tunda que vô tomá.
_ Não é nada disso, querida prima. Na verdade, eu pedi dez pães franceses que popularmente chamamos de cacetinhos.
As duas caíram na risada e muito contentes foram para casa. Ao chegarem, a mãe falou:
_ Puxa meninas! Quanto tempo vocês demoraram! Cadê os pães?
_ Os pães?! Meu Deus, os pães ficaram na padaria.
Então Mônica contou à mãe e à irmã o que havia acontecido. Depois de rirem muito, Eduarda, que era professora de Língua Portuguesa, esclareceu a situação às meninas, dizendo:
_ Meninas, a nossa língua é riquíssima e mutável. O modo de falar das pessoas, o vocabulário usado varia de região para região, podendo ser diferente até mesmo dentro de uma cidade. Carla perguntou à mãe:
_ Mãe, mas todos nós não falamos o Português?
_ Claro, minha filha! Na realidade, a Língua Portuguesa possui variedades, pois não se fala do mesmo jeito em todas as regiões do país.  Essas variações dependem da classe social do falante, do sexo, da faixa etária, da origem, do lugar onde vive, da escolaridade, entre outros.
_ Ah....
_ As variedades linguísticas existem e precisam ser respeitadas, e o seu uso não deve ser considerado errado, pois são maneiras diferentes de se falar a mesma. Disse Eduarda.
_ Agora, meninas vão à padaria e busquem os pães, pois o padeiro deve ter estranhado muito a atitude vocês. E mais, estou morta de fome...
Uma língua muda no tempo e no espaço, com as instituições, com os usos e  costumes, com as exigências e com os interesses dos indivíduos que a empregam.
O ensino de língua Portuguesa também precisa abordar temas como variantes linguísticas e fenômenos da língua, para informar o aluno sobre o uso prático da língua, assim evitando preconceitos e nunca deixar de mencionar seu valor social, para instruí-lo quando ele deve usar o Português padrão.
A nossa língua pode apresentar muitas variações, que podem ser fonéticas (em relação ao som), lexicais (sobre o vocabulário), semânticas (sobre o sentido das palavras) e em relação ao uso da língua, que varia conforme a situação e a condição sociocultural do falante e também em relação às diferenças geográficas.
Então, é preciso admitir que as pessoas não falam “errado”, apenas falam “diferente”... Basta compreender o que eles dizem para que o processo comunicativo tenha sucesso!



POSTADO POR VANDERLÉIA E LUCINEIDE

A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA NAS SALAS DE AULA


TODOS SABEMOS QUE A LÍNGUA É DINÂMICA E MUTÁVEL E, POR ISSO, VARIA DE ACORDO COM A ORIGEM DO FALANTE, COM A FAIXA ETÁRIA A QUAL ELE PERTENCE, COM A SUA ESCOLARIDADE, COM   O LUGAR ONDE VIVE E TAMBÉM COM OS SEUS INTERESSES. É NECESSÁRIO QUE A ESCOLA ACEITE ESSAS DIFERENÇAS PARA QUE NÃO HAJA DISCRIMINADORES E DISCRIMINADOS E A LÍNGUA SEJA O VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO QUE UNE, ORIENTA E INFORMA.

A DIVERSIDADE NAS SALAS DE AULA...
Em nossa escola, se percebe claramente as diferenças no modo de se expressar que existem entre os alunos descendentes de negros africanos e italianos. Percebe-se que a herança linguística que cada um traz consigo precisa ser trabalhada e aprimorada na escola. Precisamos levar em conta  a ideia de que os alunos não falam “errado”, mas sim “diferente”.
As variações presentes em nossa escola são fonéticas, lexicais e de concordância. Alguns exemplos que podem ser registrados dentro das salas de aula:

Modo de falar dos alunos de origem negra
Modo de falar dos alunos de origem italiana
*”pranta” ao invés de “planta”
*”barde” ao invés de “balde”
*”soga” ao invés de “corda”
*”ropa” ao invés de “roupa”
*falá, *dizê” ao invés de “falar” e “dizer”
*”Brasiu” ao invés de “Brasil”
*”broco” em vez de “bloco”
*“trabaio”
“fósfro” (em vez de fósforo), “tauba” (em vez  de tábua)
*“home” em vez de homem
*”encarnado” ao invés de “vermelho”
*”Nova Parma” em vez de “Nova Palma”
“frauta”, “frechas”, “pruma”, “pubrica”, ingrês” no lugar de “flauta”, “flechas”, “pluma”, “inglês”, respectivamente.
* “nóis” ao invés de “nós”
*”caroça” ao invés de “carroça”
*”Bataia” ao invés de “batalha”
*“mio” ao invés de “milho”
*ropa” ao invés de “roupa”
*”bejo” ao invés de “beijo”
*“tamem” no lugar de “também”.

*“onte” em vez de ontem
*garage” em vez de garagem
*“alembrar”, “alevantar”, “avoar”, “aqueixar”, “ajuntar” por “lembrar”, “voar”, “queixar” e “juntar”, respectivamente.
*”brasilero”no lugar de “ brasileiro”
*“midida”, “pipino”, furmiga”, “ dumingo”, “cumida” ao invés de “medida”, “pepino”, “formiga”, “domingo” e “comida”, respectivamente.
*”Tchuco” ao invés de bêbado,
*”porta esquite” no lugar de fofoqueiro,
*testa grossa (teimoso),

OBSERVAÇÃO: Muitas palavras que estão na relação anterior podem pertencer tanto aos falantes de origem negra, como aos falantes de origem italiana, já que a convivência entre ambos pode influenciar no modo de falar.
Outra característica marcante e presente na sala de aula é a concordância em número entre as palavras de uma mesma oração. Muitas vezes, além da marcas de oralidade presentes nas falas dos alunos podemos observar falas como:
*Nóis fumo trabaiá na lavora.” Ao invés de “Nós fomos trabalhar na lavoura”.
Há exemplos de oralidade comuns entre todos os alunos como : eu “estóro”, eu “róbo”. Ao invés de eu “estouro” e eu “roubo”.
“ As bandera são muito bonita! No Lugar de “As bandeiras são muito bonitas”!
Pode-se ainda perceber que a diferença nas faixas etárias dos alunos influencia na maneira de falar, pois as crianças de 4ª, 5ª e 6ª séries, por terem como referência marcante os pais e o lugar onde vivem e por terem freqüentado a escola por uma quantidade de tempo relativamente menor que os alunos da 7ª e 8ª séries, apresentam marcas na oralidade que são próprias da família e da comunidade onde residem.
           Já os alunos da 7ª e 8ª séries, talvez por terem outros interesses ou por usarem a internet e todas as tecnologias, como computador, o celular com mais frequência ou até pela faixa etária passaram a receber influências externas e essas, por sua vez, levaram os mesmos a usarem uma linguagem diversa daquelas que as crianças menore usam.

POSTADO POR VANDERLÉIA E LUCINEIDE

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

     A música de Daniela Mercury  Ilê! Pérola Negra faz uma alusão ao bloco-afro Ilê Ayê, o mais antigo da Bahia, que se destaca como grupo cultural de luta pela valorização e inclusão da população afro-descendente. É importante valorizar todas as culturas , pois todas elas contribuem ou já contribuíram com a formação da identidade do povo brasileiro.

     Num mundo de competição e individualismo, a diferença é motivo de discriminação e dominação. Num mundo de solidariedade, a diferença é motivo de enriquecimento e complementação. O caminho é distante? Quando sabemos a direção, basta caminhar.
     Neste Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, não vamos perder a oportunidade de dar mais um passo e acabar com essas diferenças.

Música:
Ilê! Pérola Negra (O Canto do Negro)Daniela Mercury
Composição: Miltão / Renê Veneno / Guiguio
O canto do negro
Veio lá do alto
É belo como a íris dos olhos de Deus, de Deus
E no repique, no batuque
No choque no aço
Eu quero penetrar
No laço afro que é meu, e seu
Vem cantar meu povo
Vem cantar você
Bate os pés no chão moçada
E diz que é do Ilê Ayê
Lá vem a negrada que faz
O astral da avenida
Mas que coisa bonita
Quando ela passa me faz chorar
Tu és o mais belo dos belos
Traz paz e riqueza
Tens o brilho tão forte
Por isso te chamo de Pérola Negra
Ê, Pérola Negra
Pérola Negra Ilê Ayê
Minha Pérola Negra
Lá vem a negrada que faz
O astral da avenida
Mas que coisa mais linda
Quando ela passa me faz chorar
Tu és o mais belo dos belos
Traz paz e riqueza
Tens o brilho tão forte
Por isso te chamo de Pérola Negra
Com sutileza
Cantando e encantando a nação
Batendo bem forte em cada coração
Fazendo subir a minha adrenalina
Como dizia Buziga
Edimin
Emife Nagô Dilê
Edimin
Emife Nagô Dilê
Ê, Pérola Negra
Pérola Negra, Ilê Ayê
Minha Pérola Negra.

http://www.youtube.com/watch?v=CRnvgMkHM8g

ATIVIDADE:
1) Fazer a leitura e a análise da música.;
2) Solicitar aos alunos que relatem quais foram as emoções que sentiram ao realizar o exercício;
3) Apresentar a música sendo cantada por Daniela Mercury ou um clip;
4) Repetir o questionamento feito no item 2;
5) A partir da análise da letra da música, da visualização do clip e da audição da música, pedir aos alunos que elaborem um poema com o tema consciência negra.

Daniela Mercury - Ilê Pérola Negra

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Aquarela: as cores e a imaginação!

    Consideramos significativa a letra desta música porque está diretamente relacionada com o pensamento e a imaginação. Pode-se estabelecer uma relação direta com a leitura, pois através dos livros podemos imaginar, criar e recriar, viajar por mundos inimagináveis, conhecer o mundo sem sair do lugar.

    O mundo criado pelo leitor através da imaginação é cheio de cores e surpresas, conforme sugere a letra da música .

 

Aquarela

Toquinho

Composição: Toquinho / Vinicius de Moraes / G.Morra / M.Fabrizio
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Brando navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)

Para visualizar o vídeo desta música e sentir as emoções que ela provoca nos leitores, acesse o endereço no you tube:

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

EXPERIÊNCIA DE LEITURA EM SALA DE AULA

"A melhor forma de obter conhecimento é cercar-se de bons livros." (Autor Desconhecido)


O VESTIDO AZUL

    Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela freqüentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado, e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas.
    O professor ficou penalizado com a situação da menina. "Como é que uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?"
    Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu comprar-lhe um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul.
    Quando a mãe viu a filha naquele lindo traje, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquela roupa nova, fosse tão suja para a escola.
    Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos e cortar suas unhas. Quando acabou a semana, o pai falou:
   - Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar a casa?   Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim.
     Logo, a casa destacava-se na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes.
    Os vizinhos ficaram envergonhados por morarem em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade. Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado.
    Um homem, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito expor suas idéias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro.
    A rua de barro e lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania. E tudo começou com um vestido azul.
    Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele fez o que podia, fez a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou fazendo com que outras pessoas motivassem-se por melhorias.
Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar que vive? Ou por acaso somos daqueles que somente apontam os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e a violência do trânsito?
    Lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada. É complicado mudar o mundo, mas é possível dar um vestido azul.

ATIVIDADE:
    Esse texto aborda  aspectos muito importantes em relação ao comportamento do homem frente aos problemas sociais existentes em nossa sociedade.
    A atividade realizada com os alunos foi de interpretar o texto, ilustrá-lo comparando como era a situação da família da menina antes e depois de ela ganhar o vestido do professor.
   A experiência foi muito gratificante, pois consegui sensibilizar os alunos e fazê-los perceber a importância de cada um fazer a sua parte para contribuir positivamente para a sociedade.